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![]() | ![]() O caapora apresenta-se como um moleque pretinho, que cavalga porcos selvagens; mas também pode ser descrito como uma caboclinha de longos cabelos, duros feito espinhos, e que, em troca de tabaco, é capaz de dar ao caçador tanto a caça que ele deseja quanto o próprio sexo. Os índios e caboclos acreditam que, prendendo um caapora, ele é obrigado a conceder um "poderzinho" ou atender a um desejo, em troca da liberdade. A armadilha para capturá-lo e a isca utilizada consistem apenas numa cuia e aguardente. Derrama-se a cachaça na cuia, que deve ser colocada num lugar onde ele já tenha aparecido, ou no local onde tenha sido chamado previamente. Depois de ter bebido a cachaça, torna-se presa fácil para qualquer um, porém até hoje ninguém conseguiu tal façanha. Apesar de, em alguns casos, essa entidade aparecer como má e vingativa, a versão geral é a de que ele é um duende protetor da floresta e da caça. Daí alguns autores o identificarem com o curupira. (Painel de Mitos & Lendas da Amazônia, Franz Kreuter Pereira, Belém, 1994.) |
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![]() | ![]() Cuca - É, certamente, o mais difundido mito do ciclo do medo infantil. Não tem características físicas definidas (apesar de Monteiro Lobato, grande escritor Brasileiro, imaginá-lo como sendo um grande jacaré verde com as costas coloridas em vários tons e com uma cabeleira branca enorme que lhe cai até próximo do início da longa cauda). Sabe-se que leva os infantes insones para um sítio distante e misterioso onde deverão ser devorados ou fazer parte em alguma magia qualquer. |
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![]() | ![]() Na teologia indígena, o curupira apresenta-se como um moleque de aproximadamente 7 anos, com o corpo coberto de longos pêlos e tendo os pés virados para trás. As primeiras informações foram registradas pelos portugueses, nos primeiros séculos do Descobrimento, e desde aquela época é visto como um ente maléfico, um demônio ou um mau espírito. As informações também são as mais diversas: ora é um duende benfazejo, ora um demônio mau; ora um gnomo ou um ogro. O ponto em que todos são unânimes é quanto à sua condição de deus autóctone das selvas, um protetor. Há no Brasil versões em que o curupira aparece com avantajado órgão sexual, que utiliza como tacape. Conta-se que durante as tempestades ouve-se um bater nas sapopemas e troncos de grandes árvores. É o curupira, que verifica se elas estão em condições de agüentar os fortes ventos. Noutra versão ele se utiliza de uma pesada maça ou clava, ou do próprio calcanhar, que é para a frente. Como protetor das florestas, castiga impiedosamente aquele que caça por prazer, que mata as fêmeas prenhas e os filhotes indefesos, mas ampara o caçador que tem na caça o seu único recurso alimentar, ou que abate o animal por verdadeira necessidade. Também protege os pescadores que se aventuram nos incontáveis rios, igarapés, etc., durante o período das chuvas, mais fortes entre os meses de novembro e maio..(Painel de Mitos & Lendas da Amazônia, Franz Kreuter Pereira, Belém, 1994) |
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![]() | ![]() Heródoto, historiador grego, conta que na Grécia antiga havia um rei de nome Licaon, que tentou matar Zeus, o deus dos deuses e, como punição, este o transformou em um lobo. Em outras histórias, Licaon teria servido carne humana para Zeus e, por isso, foi transformado em lobo. Essas e outras lendas foram contadas e recontadas por vários povos e a crença no lobisomen foi sendo difundida em vários países. Na Itália, mais ou menos na época em que os portugueses vieram para o Brasil, acreditava-se que os lobisomens não faziam mal algum. Pelo contrário, protegiam as plantações dos ataques das bruxas, que levavam toda a colheita para o diabo. Os lobisomens saíam em busca da colheita para devolvê-la aos camponeses da cidade de Friul. Por isso, eram chamados de feiticeiros do bem. Alguns padres portugueses - que vieram para cá nas caravelas - diziam que as bruxas, os lobisomens, o diabo e outros seres fantásticos resolveram mudar-se para o Brasil porque aqui ainda não havia chegado a Igreja Católica. Aqui, segundo os portugueses, habitava um povo sem fé; sem rei e sem lei. E como os padres haviam conseguido expulsar da Europa esses seres, eles resolveram vir morar no Brasil. Claro que esse era apenas o argumento dos padres para mostrar o quanto a Igreja Católica era poderosa e, com isso, tentar convencer os índios a se converterem a esta religião... Nas grandes cidades, nem tanto, mas no interior do Brasil ainda se contam muitas histórias de lobisomen. Dizem que numa família de 7 filhos homens o caçula pode virar lobisomen se não for batizado pelo irmão mais velho. E tem mais: na hora em que vira lobisomen tem de correr 7 fontes, 7 cemitérios e 7 igrejas. Só depois dessa maratona é que ele volta à forma humana. Dizem, ainda, que os lobisomens atacam o gado, as galinhas e as pessoas, tudo em busca de sangue. Para matá-lo é preciso atirar uma bala de prata. (Georgina da Costa Martins, Globinho Pesquisa) |


![]() | ![]() O Mapinguari é um monstro amazonense com a boca rasgada do nariz ao estômago, pés em forma de cascos, devora só a cabeça do homem. Os caboclos juram que dentro da floresta mora esse gigante peludo que grita como uma pessoa e, se alguém responder, ele logo vai ao encontro do desavisado. |
![]() | ![]() Reza a lenda que qualquer mulher que namorar um padre pode virar mula-sem-cabeça porque namorar padre é pecado. Agora, veja como essa história é injusta: o padre não pode ter namorada, mas, se tiver, só a mulher é castigada. A pobre coitada vira uma mula que solta fogo pelas ventas e nunca mais desvira. Com o padre não acontece nada. Essa história de mula-sem-cabeça veio da Península Ibérica, parte da Europa que hoje está dividida entre Portugal e Espanha. Provavelmente, surgiu porque, no século XII, as mulas eram os animais mais próximos dos padres, que se locomoviam de um lugar para o outro montados nesses animais, considerados seguros e resistentes. Além dessa história de ser namorada de padre, já ouvi dizer, também, que se uma mãe tem sete filhas mulheres e não der a mais nova para a mais velha batizar, a caçula vira mula-sem-cabeça, igualzinho ao caso do lobisomem. (Georgina da Costa Martins, Globinho Pesquisa) |
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![]() | ![]() Saci ou Matin - No Pará e no Amazonas, a imagem do saci é a de um curumim que anda numa única perna e tem os cabelos cor de fogo. Usa um gorrete vermelho e está sempre com seu cachimbo. Dizem que o saci tem por companheira uma velha índia - ou uma preta velha, maltrapilha, cujo assobio arremeda seu nome: Mati-Taperê. Alguns crêem que ele é filho do Curupira; outros o identificam como um pequeno pássaro que pula numa perna só; há também aqueles que dizem que as mãos dele são furadas no centro.(Painel de Mitos & Lendas da Amazônia, Franz Kreuter Pereira, Belém, 1994) |


Entidade com que se mete medo às crianças quando choram. É roncador. A forma em que o idealizam na Bahia é a de um catitu ou porco do mato. Deste primeiro nome talvez se originasse o termo Tutu, que é popular em todo o Brasil. Ouvi porém dizer que é voz africana e que era usada pelas amas negras. Na Bahia também Tutu-cambê: Olhe o Tutu!... E vem ele! Quando os meninos choram o Tutu vem comer eles... não chore não!
Cantigas de ninar :
1- Tutu marambá / Não venhas mais cá / Que o pai do menino / Te manda matar .
2- Tutu-Maramabaia vai-te embora / Sai de cima do telhado / Deixa o menino dormir / O seu soninho sossegado.
3- Bicho-papão / Sai de cima do telhado / Deixe este menino / Dormir sossegado .
As origens da palavra Tutu, ser sobrenatural com que se mete medo às crianças quando choram. ("O Tutu do povo brasileiro é idêntico ao Papão e à Coca de Portugal")
![]() | ![]() "Era uma vez, um grupo de jovens índias que eram tão fascinadas pela lua e pelas estrelas que decidiram encontrar uma forma de tocá-las. Acreditavam que se conseguissem fazer isso, poderiam se tornar uma delas. Assim, elas tentaram subir por um morro, mas não deu certo. As jovens, persistentes, a cada noite procuravam sempre os lugares mais altos, mas o céu continuava distante. Uma das índias, a mais sonhadora delas, estava tão desiludida, que uma noite, ao ver a lua refletida no lago, resolveu mergulhar ao seu encontro e desapareceu nas águas profundas. A lua lá no céu, comovida com o gesto da jovem, decidiu transformá-la numa grande e bela flor, que ficaria para sempre na superfície das águas, como a refletir a imagem lunar: nascia a vitória-régia". |
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